Quando nos deparamos com certas reflexões desafiadoras, acerca de como viemos parar aqui, o que somos nós, a causa dessa consciência de existirmos... fica inevitável não se aproximar da filosofia.
Como podemos ter certeza se existe um corpo real, fora da nossa mente e não apenas uma representação mental?... |
Platão foi precursor ao criar o Mito da Caverna. E não há como se contagiar com a inspiradora história. Até que ponto sabemos o que de fato representa o real? Quantos véus ainda serão descortinados enquanto nossa espécie existir?... E quantos objetos deixarão de ser sombras e se revelarão facetas de uma realidade maior?!
A posição questionadora é uma ferramenta que devemos aprender a carregar sempre conosco e não menos importante, aprender quando aplicá-la.
Como poderemos ter certeza de que existe um corpo real, fora de nossa mente e não apenas uma representação mental que a nenhum objeto físico corresponde? Como ter certeza do que é real?
Descartes nos jogou um colete salva-vidas nesse sentido chegando ao seu monumental "Discurso do Método". A dúvida e a curiosidade nos leva a fronteiras desafiadoras. A resposta de uma questão invariavelmente leva reprodução de novas questões(como os "Pingos" de Star Trek). A desbravar territórios desconhecidos e cada vez mais querer buscar algo que nos surpreenda, mesmo que para isso, muitas vezes esfregue na nossa face o quanto estávamos errados.
O preço de uma nova resposta muitas vezes será a reprodução de muitas outras... como os Pingos de Jornada nas Estrelas. |
Numa aula formidável com o professor Alberto Cupani(Ph.D), em Teoria do Conhecimento pela UFSC, aprendi como a intensidade da certeza sobre algum conhecimento, pode proporcionalmente nos levar a cometer erros com a mesma força. Uma lição sem paralelos de humildade com um admirável professor argentino.